Um caso que envolve política, educação e possível perseguição administrativa vem causando indignação nos municípios de Lago do Junco e Lago da Pedra. A professora Isabel Rosanne Oliveira Costa, concursada em Lago do Junco, e a professora Ana Leille Barros Arruda, concursada em Lago da Pedra, haviam realizado uma permuta legal e autorizada no início do ano com anuência do próprio prefeito de Lago do Junco, Ataíde do Posto.
Durante o primeiro semestre de 2025, ambas já estavam trabalhando normalmente em suas respectivas escolas: Isabel Rosanne lecionando em Lago da Pedra e Ana Leille em Lago do Junco. Tudo transcorria com regularidade, até que, na última sexta-feira (01/08), a professora Isabel foi comunicada pelo secretário de educação de Lago do Junco de que a permuta havia sido cancelada por ordem direta do prefeito Ataíde, supostamente a pedido de seu irmão, João Filho, conhecido como proprietário da Chácara 3 João, localizada no povoado Endrex.
A justificativa para o cancelamento seria uma "questão de honra", pois, segundo relatos, João Filho teria exigido que sua irmã, professora Isabel Rosanne, retornasse à sala de aula em Lago do Junco, seu local de origem. No entanto, o fato vem gerando forte repercussão, pois existem diversas outras permutas ativas entre os dois municípios, que continuam normalmente.
O que mais chama atenção é que a professora Isabel Rosanne é conhecida por fazer parte do grupo político de oposição à atual gestão, o que reforça as suspeitas de que se trata de um ato de perseguição política disfarçado de decisão administrativa.
“Se o problema fosse realmente técnico ou legal, todas as permutas teriam sido canceladas. Mas só a de uma professora adversária do grupo político do prefeito foi anulada? Isso tem nome: perseguição”, disse um educador que pediu para não ser identificado.
A decisão do prefeito Ataíde de derrubar uma permuta autorizada e consolidada, sem justificativa clara ou legal, abre precedentes perigosos para a estabilidade funcional e a autonomia dos servidores públicos concursados, além de alimentar o clima de tensão política no município.
A professora Isabel Rosanne, além de prejudicada, agora precisa reorganizar sua rotina de trabalho e vida pessoal. O caso levanta questionamentos sobre o uso do poder público para fins pessoais ou políticos, e já é alvo de discussões entre sindicatos e entidades ligadas à educação.
A comunidade escolar e servidores municipais esperam que o caso seja revisto e que prevaleça o princípio da legalidade, da imparcialidade e, sobretudo, do respeito aos profissionais da educação.
O motivo da Permuta, e que a professora, cuida de seu pai que e idoso e faz tratamento medico na cidade vizinha de Lago da Pedra-Ma.